Perdido nos Sonhos

Resenha: Dragões de Éter – Caçadores de Bruxas - Raphael Draccon

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2 Comments
Autor: Raphael Draccon 
Numero de paginas: 424
Editora: Leya
Sinopse: Nova Ether é um mundo protegido por poderosos avatares em forma de fadas-amazonas. Um dia, porém, cansadas das falhas dos seres racionais, algumas delas se voltam contra as antigas raças. E assim nasce a Era Antiga. Essa influência e esse temor sobre a humanidade só têm fim quando Primo Branford, o filho de um moleiro, reúne o que são hoje os heróis mais conhecidos do mundo e lidera a histórica e violenta Caçada de Bruxas. Primo Branford é hoje o Rei de Arzallum, e por 20 anos saboreia, satisfeito, a Paz. Nos últimos anos, entretanto, coisas estranhas começam a acontecer... Dois irmãos comem estilhaços de vidro como se fossem passas silvestres e bebem água barrenta como se fosse suco, envolvidos pela magia escura de uma antiga bruxa canibal. 




“Foi à época em que caíram fadas. Em que nasceram bruxas. Em que destronaram Reis. Dragões geraram-se do Éter e príncipes se tornaram sapos.”

Você consegue imaginar um mundo onde todos os personagens dos contos de fadas vivem juntos e se conhecem? Pois é, esse mundo existe, e é em um reino chamado Nova Éter. Sendo o primeiro livro de uma trilogia, Dragões de Éter - Caçadores de bruxas é uma releitura de contos clássicos da literatura infantil mundial, em que o autor trabalha o lado sombrio desses contos, e também mostrando os lados de todos os personagens. Para a construção da cidade Nova Éter, que é o mundo místico que habita a mente de todos que acredita nele, o autor usou várias personagens de contos infantis (os mais conhecidos pelo menos) e juntou a esses contos várias referências, que não empobreceu o livro, pelo contrário, deu a ele uma originalidade sem igual.

Um diferencial no livro é não ter um protagonista, pois ele aborta inúmeros personagens com histórias diferentes que vão se interligando e se alterando para terem suas histórias contadas simultaneamente. Mas todos os personagens têm um ponto em comum, que é o reino de Nova Éter.

Mas mesmo sem nos ser mostrada uma personagem principal, eu me apaguei bastante a dois personagens Maria Hanson (sim, a Maria da história João e Maria) e também ao príncipe daquele reino Axel Branford. Os personagens do livro possuem um quê moderno na fala, mas continuando com algo medieval, uma mistura que deu perfeitamente certo. Além disso, os tão conhecidos contos de fadas ganham ares reais, mesmo sendo parte do fantástico as estórias conseguem ser mais aceitáveis, e em alguns momentos revelam sua verdadeira face sombria.

(Imagem do google)

O livro tem sua narração em terceira pessoa, onde é contado por um contador de histórias (como ele mesmo se denomina) que foi uma testemunha ocular, ou não, de todas as histórias que ele nos narra, porém sem ter participação efetiva em nenhuma. Chega certo momento onde nos passa pela cabeça, que na verdade o livro está sendo contado por alguém para nós, e não que estamos lendo.

O livro em muitas vezes tem seu capítulos curtos, e já outras vezes um pouco longo (mas nada com mais de 10 paginas em um capitulo). Caçadores de bruxas nos trás muitas fantasias e aventuras sem deixar o romance de lado. Antes de ler o livro fui atrás de algumas resenhas para saber sobre o que o livro se tratava, e me senti um pouco desconfiado, pois mexer em algo popularmente conhecido e consagrado que são os contos infantis e não estragar é muito difícil.

E como prometido, a resenha de Dragões de Éter, agora só ler para verem o quão bom é esse livro. Comentem embaixo o que acharam sobre ele, e até a próxima. 


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2 comentários:

  1. Ainda não li, mas depois de ver uma entrevista do Draccon, fiquei curioso para ler os livros dele e de outros escritores nacionais, como a Carolina Munhoz e o Eduardo Spohr.

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    1. Draccon com certeza é um ótimo escritor! Ainda não fui atrás de procurar saber se ele tem algum outros livros, mas se todos forem tão bons quanto a esse, com certeza irei atrás de lê-los.

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