Muitas coisas aconteceram desde a última postagem nesse blog. Muitas. Romances, rompimentos, amizades, descobertas, desejos, viagens, curiosidades, sonhos. Pessoas se foram, pessoas chegaram. Fiz dezoito anos, a idade por alguns muito desejada, mas por mim, um pesadelo.
Aprendi da forma mais dolorosa a dor da perda. Perdendo. Sentir da forma mais prazerosa a felicidade do ganho. Ganhando pessoas. Fiz amigos novos, não muitos, mas o suficiente para contar nos dedos e ser feliz com isso. Conquistei coisas que não imaginei um dia conseguir. Viajei e conheci lugares incríveis, culturas diferentes, geografia diferente. Mas chorei, chorei bastante, chorei até meus olhos doerem e não restar mais lágrimas para continuar chorando. Tentei suicídio. Uma. Duas. Três vezes. Mas sobrevivi. Fui a festas, bebi, fumei, dancei, pulei, cair no banco da praça bêbado enquanto meus amigos estavam no meu lado me ajudando, me diverti. Conheci novas formas de pensar, novas formas de agir e novas formas de ver o mundo diferente do que queriam que eu visse. Conheci o feminismo, a empatia, desenvolvi meu senso crítico, me permitir entender e estudar mais sobre a politica brasileira, me apaixonei por história do Brasil e pela cultura do meu país.
Conheci novas bandas e o Jakson de alguns anos atrás se impressionaria em saber que hoje em dia ele escuta Caetano Veloso, Chico Buarque, Gilberto Gil, Maria Bethânia, Roberto Carlos, entre outros. Falando nisso, aceitei meu nome da forma como ele realmente é, Jakson sem "C" em lugar algum.
E o que eu aprendi com tudo isso?
A vida se torna algo inimaginável quando se vive de forma inimaginável. Pessoas entram na sua vida aos muitos, mas nem todas elas ficam e entendi isso talvez um pouco tarde, porém no tempo certo. Amores, paixões, sentimentos, devem ser vividos intensamente, as chances de você se magoar são altíssimas, digamos que 99% das vezes, mas é graças aos 1% que tudo parece valer a pena. Empatia é o bem mais precioso que todos nós deveríamos ter nos dias de hoje. Não é você o errado por ter consigo a empatia pelo próximo e pensar mais nele do que em si mesmo na maioria das vezes, o erro está no modo em como as pessoas tentam lidar com as frustrações próprias, onde encontram o consolo algumas vezes tentando passar por cima de alguém.
Mas o mundo é isso, você cai, mas levanta mesmo com a possibilidade de cair outra vez. Levo comigo a ideia de que a vida é como assistir um monitor cardíaco em um hospital, os batimentos ficam oscilando entre baixo e alto, baixo e alto e é assim que a vida deve ser, uma oscilação entre estar bem ou estar mal. Mas quando ele para, quando ele simplesmente se torna uma linha sem oscilação, algo está errado. O que eu entendi após um período (talvez logo), é que ninguém é feliz o tempo todo e ninguém é triste o tempo todo. Chorar é algo bom, te limpa, te alivia, tira de ti qualquer sentimento ruim.
E a vida sempre vai estar nessa oscilação constante e é quando ela oscila que as coisas estão como elas devem ser.